O número de pessoas que tomaram a primeira dose das vacinas disponíveis contra o novo coronavírus (Coronavac e Pfizer) e não voltaram aos postos de saúde para receber a segunda dose é grande.
Em São Paulo, mesmo com a realização do “Dia D” em 05 de junho pela Secretaria Estadual da Saúde, poucas pessoas que estavam com a segunda dose atrasada compareceram nos postos de vacinação para regularizar a situação.
O que é importante saber
1- Por que é necessário tomar duas doses das vacinas?
A resposta imunológica do organismo varia de pessoa para pessoa. Em geral, a imunização completa se dá cerca de duas semanas após a aplicação da segunda dose das vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil atualmente (Coronavac e Pfizer).
2- O que acontece com quem não tomar a segunda dose dessas vacinas?
A pessoa ficará parcialmente imunizada. O organismo começará a produzir os anticorpos neutralizantes, que impendem a entrada do vírus nas células, mas sem a segunda dose, o processo de imunização será interrompido. Não há estudos sobre a eficácia para apenas uma dose e nem sobre o tempo que ela poderá durar.
Também ainda não sabemos quanto tempo a imunização irá durar para quem tomar as duas doses. Estudos estão sendo feitos com acompanhamento das pessoas já vacinadas. Existe até mesmo a possibilidade de que tenhamos de tomar a vacina contra a covid-19 periodicamente, como a vacina contra a gripe.
3- Qual a função da segundo dose dessas vacinas?
A segunda dose dará continuidade ao processo de formação dos anticorpos neutralizantes dentro do organismo que se inicia logo após tomar a primeira dose.
Para estas vacinas não é possível aplicar todo o imunizante de uma única vez. Apenas a Jansen, da Johnsons, que está sendo aplicada nos EUA tem dose única até o momento.
4- Depois de quanto tempo a pessoa pode se considerar imunizada?
Segundo os estudos realizados com as duas vacinas que está sendo aplicadas no Brasil (Coronavac e Pfizer), após duas semanas após a segunda dose, que é o tempo necessário para o corpo terminar de criar os anticorpos neutralizantes contra o novo coronavírus.
5- Qual o risco entre uma dose e outra?
Nesse período, entre uma dose e outra, os anticorpos neutralizantes que impedem a entrada do vírus nas células ainda estão se formando. Não é esperada a mesma resposta do organismo como se tivesse tomado as duas doses, e tivesse passado as duas semanas necessárias após a aplicação das mesmas, conforme determina o estudo de eficácia realizado antes da aprovação para uso pela população.
6- A pessoa ainda pode contrair o novo coronavírus após tomar a vacina contra a Covid-19?
Sim. A vacina não protege nenhuma pessoa contra uma possível infecção de covid-19 caso seja exposta ao vírus.
O que se espera é que os casos de contaminação que possam vir a ocorrer após as duas doses, venham a apresentar sintomas leves. No universo de pessoas vacinadas cerca de 20% costumam apresentar sintomas leves e o restante, não correm risco de desenvolver a forma grave da doença, que pode levar a óbito.
7- É preciso continuar com as medidas de proteção após a vacinação?
Sim. Deve-se continuar mantendo as medidas de isolamento e distanciamento social, além do uso de máscara e higienização das mãos com álcool em gel ou água e sabão.
Há estimativa de que uma certa normalidade da nossa rotina anterior à pandemia, possa ser retomada quando cerca de 80% da população estiver imunizada.
Outro ponto importante para manter o isolamento social é impedir que novas variantes, que posam ser resistentes às vacinas proliferarem em nosso meio.
Até o dia 15 de setembro você pode conferir onde há menos fila antes de sair para tomar a vacina contra a covid-19 na página online lançada pela Prefeitura de São Paulo.
A página mostra a situação nos postos de vacinação contra a covid-19 que estão em funcionamento na Capital e o tempo de espera para ser vacinado.
Segundo o secretário municipal da Saúde de São Paulo, as informações serão atualizadas a cada duas horas.